Este caso clínico
serve para relembrar alguns pontos importantes da Endodontia que podem ser
determinantes para o sucesso no desenvolvimento de um tratamento endodôntico.
Anatomia do canal: o conhecimento da
anatomia do canal radicular é essencial para conseguir adequada limpeza e
modelagem, sendo que uma compreensão da configuração geral do espaço pulpar e
suas variações permite ao endodontista localizar, explorar, ampliar e
desinfetar com êxito todos os canais radiculares. Curvaturas nos canais
radiculares, sejam curvaturas simples ou dupla-curvaturas, podem dificultar o
processo de limpeza e modelagem dos canais, exigindo do profissional maior atenção
para preservar a trajetória original do canal e evitar ocorrência de acidentes
com os instrumentos utilizados no preparo dos canais;
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Forame apical: nem sempre a saída foraminal
será
coincidente com o ápice radicular, ou melhor dizendo, na imensa maioria dos
casos o forame apical está situado em uma posição que não é
coincidente com o ápice radicular, como mostra o trabalho de ElAyouti et al. no
Journal of Endodontics - Apical Constriction: Location and Dimensions in Molars
A Micro–Computed Tomography Study , em que identificaram que o forame estava
abaixo do ápice em 88% dos canais, e em 5% dos canais o forame estava a mais de
2 mm do ápice;
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Patência
foraminal apical: a obtenção e manutenção da patência
foraminal durante todo o processo de modelagem dos canais mantém o
forame livre de debris dentinários e tecido pulpar, auxiliando na
manutenção do comprimento de trabalho e diminuindo a possibilidade de ocorrência de bloqueios,
transportes, saliências e perfurações no canal, tornando mais previsível a obturação
em toda a extensão do canal.
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