domingo, 19 de dezembro de 2010

BIODENTINE - Vem aí o substituto do MTA?

Será que esse novo produto da Septodont vai desbancar o MTA e assim torná-lo um material obsoleto na Odontologia?
Além de ter sua aplicação indicada em casos de proteção pulpar, pulpotomia, tratamento de perfurações, reabsorções, apicificação, retrobturação (tudo isso o MTA já faz!), BIODENTINE está indicado também como material restaurador temporário em esmalte e como material restaurador definitivo em dentina.
Vamos esperar as pesquisas...

sábado, 11 de dezembro de 2010

E agora Marcel?


sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Fratura de lima durante o tratamento de canal: da angústia ao regozijo.






O colega que está habituado com o mundo da @Endodontia seja ele um especialista habilidoso, um iniciante na prática endodôntica ou um clínico-geral que "adora" fazer tratamento de canal, já vivenciou um dos momentos de maior angústia/aflição/desespero/stress: a fratura de qualquer instrumento endodôntico no interior do canal radicular.
Aquele famoso dizer "só não fratura lima no canal aquele que não faz tratamento de canal" é talvez a maior das certezas na Endodontia. É fato. Se você faz tratamento de canal e ainda não passou por isso, a sua hora vai chegar. É só questão de tempo.
A fratura de lima dentro do canal pode comprometer o resultado do tratamento e levar o prognóstico do tratamento para os níveis mais baixos de mensuração. Em alguns casos, pode colocar em dúvida a própria manutenção do dente na arcada. Daí o surgimento imediato daquela "suadeira", da frieza nas mãos, do embrulhamento do estômago, da sensação que o chão vai se abrir e você vai cair num buraco sem fim.
Para contornar este acidente, essa situação inesperada, tudo vai depender de alguns fatores: local em que ocorreu a fratura no canal (terço coronário, médio ou apical), tamanho e diâmetro do fragmento fraturado, o tipo do instrumento fraturado (gates, lentulo, hedstroem, lima manual tipo K, lima NiTi rotatória, etc...), fase em que se encontrava o processo de limpeza e modelagem do canal, se era um caso de polpa viva ou polpa necrótica, etc... Contornar e resolver este problema não é tarefa fácil. Em alguns casos consegue-se uma solução, em outros não há solução!
Para resolver este problemão da fratura de lima dentro do canal, pode-se optar por: remover o fragmento do canal, tentar passar e criar um caminho ao lado do fragmento fraturado ou simplesmente deixá-lo lá para ser incorporado na massa obturadora do canal ou então optar por uma cirurgia, seja para remover o instrumento ou parte da raiz envolvida. Muitos outros fatores estão envolvidos na tomada de decisão do que fazer e do que pode ser feito. Cada caso é um caso...
Ah, e a SORTE que você não teve no momento em que a lima fraturou, você vai precisar muito dela (da SORTE) no momento de tentar removê-la do canal ou no momento de adotar qualquer outra manobra técnica.
Só habilidade manual não ajuda, é preciso de SORTE!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Tratamento Endodôntico de Pré-Molar Inferior: um desafio de arrepiar.

A grande maioria dos colegas de profissão se “arrepiam” quando falam em fazer um tratamento de canal em molares. O fato de encarar um dente com 3 ou 4 canais assusta e causa repulsa em muitos colegas, principalmente os iniciantes na prática da Endodontia. Comigo acontece isso com os pré-molares inferiores, pois são dentes que se apresentam na grande maioria das vezes com uma anatomia bastante difícil de dominar. Ainda bem que os pré-molares inferiores não fazem parte daqueles grupos de dentes que mais requerem um tratamento endodôntico, pelo menos é o que as minhas estatísticas mostram.
Os pré-molares inferiores mostram-se muitas vezes com raízes curvas, duplas e canais com bifurcações em locais de difícil acesso para realização da completa limpeza e modelagem. Não esquecendo também da inclinação do dente na arcada, que por vezes pode dificultar os procedimentos de abertura coronária e localização da entrada dos canais radiculares.
Pois bem, o caso abaixo ilustra perfeitamente esta dificuldade a que me refiro. Ao exame clínico inicial, pude constatar a presença de uma fístula intra-oral. O exame radiográfico periapical inicial é possível verificar a presença de rarefação óssea apical e a presença de duas raízes com curvaturas. Caracterizava-se então um quadro de abscesso periapical assintomático.
A presença de canais curvos, raízes duplas (bifurcação) e a rarefação óssea apical mostrava que o tratamento deveria ser conduzido com maior esmero no quesito desinfecção, e para conseguir essa almejada desinfecção com maior previsibilidade de sucesso seria necessária a limpeza mecânica e química de toda a extensão dos canais radiculares, ou seja, a qualquer custo deveria alcançar a patência daqueles canais. Só assim eu poderia ficar tranqüilo.
Sabedor que os pré-molares são traiçoeiros (pelo menos comigo), não fiquei nem um pouco surpreso quando ao fazer a exploração inicial do canal não localizei um dos canais que bifurcava-se. Fiz a odontometria eletrônica com a respectiva confirmação radiográfica e nada de achar aquele canalzinho daquela raiz curva. Após muitas e muitas limas pré-curvadas nas suas pontas e várias horas de cadeira, havia esgotado toda a minha capacidade e esperança em alcançar aquela patência.
Restava-me abusar das soluções irrigadoras, para que quimicamente pudesse fazer aquilo que eu não conseguia realizar mecanicamente: limpar e desinfeccionar aquele canal.
Caso concluído e proservado durante 1 ano e 8 meses, aí está o resultado. Vale ressaltar a assiduidade do paciente em comparecer religiosamente ao consultório a cada 6 meses para realização dos exames clínicos e radiográficos de proservação. A fístula não reapareceu em nenhum momento e o paciente encontra-se assintomático. Podemos dizer que se trata de um caso com sucesso ou ainda é cedo para chegarmos a esta conclusão? Em tempo, digo-lhes que a mim este pré-molar inferior não causa mais arrepios.







sexta-feira, 30 de abril de 2010

terça-feira, 20 de abril de 2010

Uma Radiografia ou uma Fotografia?





Gostei da composição desta imagem radiográfica, a simetria dos canais radiculares, da inversão de contrastes e, porquê não dizer, do cimento extravasado?
Em tempos de erupção de vulcão e cinzas...
Qualquer semelhança é mera coincidência!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Um mistério com o cimento AH Plus: acompanhamento de dois casos clínicos tratados endodonticamente.



Não sei ao certo em que ano o cimento endodôntico AH Plus foi lançado comercialmente. É um cimento tipo pasta-pasta, que vem em dois tubos, com excelentes propriedades físico-químicas e utilizado por muitos Endodontistas. Utilizei em vários casos clínicos por gostar do bom escoamento e da sua radiopacidade, mas com o tempo fui deixando de usá-lo por constatar que ao chegar na metade do seu uso, ou seja, quando os tubos encontravam-se pela metade, a pasta contida nos tubos começavam a ficar mais espessa e perdiam boa parte da sua fluidez. Consequentemente, aquilo que me atraía na pasta (escoamento) deixava de existir quando os meus tubos ainda estavam pela metade. O material ficava muito espesso, denso, sem fluidez alguma e eu não gostava daquilo. Com o tempo deixei de usá-la, pois a brincadeira estava ficando cara de demais: eu comprava as caixas com os dois tubos e os jogava fora quando chegavam na metade, pois o seu conteúdo ficava com uma consistência horrível para trabalhar! Não sei se este problema persiste até os dias atuais, pois já faz um bom tempo que não utilizo-a.
Pois bem, esta postagem não é pra falar porquê parei de utilizar a AH Plus e sim para descrever dois casos clínicos em que este cimento foi utilizado na obturação dos canais radiculares.
Em março de 2005 um paciente retornou para fazer a proservação do caso clínico (dente 36) que havia sido finalizado em março de 2002 e pude constatar um “comportamento” no mínimo estranho, do cimento AH Plus utilizado naquele tratamento endodôntico. Para o meu espanto ao examinar a radiografia periapical, pude constatar que havia um extravasamento de cimento relativamente grande, se comparado a radiografia do encerramento do caso clínico, na raiz distal daquele molar. O comum e o esperado era que tivesse ocorrido a reabsorção daquela pequena quantidade de cimento que extravasou ao final da obturação dos canais, ou ao menos que aquele cimento extravasado permanecesse “estático”. Mas não, o extravasamento de cimento aumentara! A imagem radiográfica mostra um volume grande de cimento permeando o tecido ósseo, onde antes só havia a imagem de osso.
Fiquei super encucado naquela época, sem saber ao certo o que estava se passando com aquele comportamento inesperado do cimento AH Plus. Nunca vira nada semelhante, nem com outros cimentos endodônticos.
Dias atrás retornou outro paciente para proservação do dente 11, cujo tratamento endodôntico havia sido finalizado em fevereiro de 2002, há 8 anos atrás. Coincidentemente no mesmo ano em que havia tratado o outro paciente e onde foi empregado também o cimento AH Plus na obturação do canal. Pude verificar também através do exame radiográfico de proservação que o cimento havia “extavasado um pouco mais” quando comparado com a radiografia periapical realizada no dia da obturação do canal. Voltei a ficar encucado! Parece o cimento se movimenta pelo tecido ósseo!
Será que algum dos meus colegas teria a solução para este mistério da AH Plus? Casos semelhantes já ocorreram? Alguém já observou este comportamento misterioso do cimento AH Plus?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

“O tratamento de canal não está finalizado até que o dente tenha sido restaurado definitivamente”


Eis o que acontece quando o paciente não segue as recomendações pós-operatórias. Triste e lamentável ver o tratamento endodôntico perdido após 2 anos de sua realização.
É sabido a importância do selamento apical (papel da obturação endodôntica) e muito esquecido a importância do selamento coronário para proteger a obturação endodôntica.
Cresce a cada dia entre os Endodontistas a prática de realizar a restauração definitiva ao final do tratamento endodôntico, justamente com o fim de evitar ocorrências como esta das radiografias postadas acima. O período de espera para que o paciente procure pelo dentista indicador para a realização do tratamento restaurador e/ou protético pode ser crucial para o prognóstico do tratamento endodôntico e até mesmo para o próprio dente.
Um conceito novo de "blindagem dental" vem sendo utilizado para designar o imediato e completo selamento coronário daquele dente que recebera um tratamento endodôntico. Trata-se de uma prática restauradora baseada na preocupação em selar imediatamente e definitivamente a abertura coronária, num ato operatório contínuo assim que os canais tenham sido obturados, de maneira a evitar ocorrência de contaminação ou recontaminação do espaço endodôntico.
Está com os dias contados a prática do Endodontista fazer somente o tratamento dos canais radiculares. Nos dias atuais, o Endodontista começa a assumir também a parte do tratamento restaurador definitivo empregando técnicas restauradoras adesivas simples ou até mesmo com o emprego de pinos intra-radiculares. A demora em cimentar definitivamente o pino oferece inúmeras oportunidades para que o espaço preparado para o pino seja contaminado por bactérias.
As condições assépticas praticadas durante a realização do tratamento endodôntico são frequentemente negligenciadas durante a preparação do espaço para o pino. Imperioso se faz o emprego do isolamento absoluto durante os procedimentos restauradores de um dente tratado endodonticamente, pois a ausência do isolamento absoluto pode potencialmente permitir o ingresso de fluidos orais e microorganismos para dentro do canal radicular, resultando em falha do tratamento endodôntico a curto prazo.
A grande vantagem para o Endodontista também realizar o ato operatório da restauração coronária definitiva, reside no fato de que este profissional está familiarizado com a anatomia dos canais e por aproveitar-se do isolamento absoluto empregado no tratamento endodôntico. Sem contar com o fato de haver uma maior previsibilidade no prognóstico do tratamento.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Implante de gigante!

Se o implante do incisivo lateral tem este tamanho, imaginem se o canino vier a ser perdido!
Tomara que o paciente inicie logo o retratamento endodôntico, pois a imagem radiográfica do dente 23 apresenta rarefação óssea apical e evidências de estar em processo uma reabsorção radicular apical inflamatória.
Uma Endodontia bem conduzida pode salvar este dente!

sábado, 6 de março de 2010

Venha fazer parte da história da Endodontia no Brasil



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Os maiores nomes da atualidade no Brasil. Todos reunidos num mesmo local, discutindo o que há de mais novo na Endodontia. Faça parte desta história!







sábado, 16 de janeiro de 2010

1ª Reunião do FBE – Fórum Brasileiro de Endodontia



A cidade de Ilhéus-BA, a terra do cacau, ambiente dos romances de Jorge Amado, foi a escolhida para sediar a 1ª Reunião do FBE – Fórum Brasileiro de Endodontia.
O evento tem data marcada para acontecer entre os dias 13 e 15 de maio deste ano, no Resort Cana Brava, que fica no distrito de Olivença, cerca de 24km distante do aeroporto da cidade.
Abaixo segue a lista dos ministradores confirmados:

Maine Skelton
Patrick Baltieri
Carlos Murgel
Carlos Bueno
Raul Capp Pallotta
Henrique Bassi
Oswaldo Massi
Daniel Pinto de Oliveira
Gustavo De Deus
Rielson Cardoso
Frederico Laperriere
Diogenes Alves
Eudes Gondim Junior
Debora Sellera
Rodrigo Sanches Cunha
Gustavo Meneghine
Francisco Souza Filho
Gerhilde Callou Sampaio
Jacy Simi Jr.
Manoel Machado
Alexandre Villela
Xenia Brant

Está de parabéns a Comissão Organizadora (Eduardo Fregnani, Ruy Hizatugu, Andressa Paes e Gustavo Almeida) envolvida na estruturação deste evento que será um marco na história da Endodontia brasileira.