domingo, 21 de julho de 2013

Retratando seu próprio caso clínico.





Este caso foi inicialmente tratado em janeiro de 2003. A imagem radiográfica do caso finalizado naquele momento mostra canais pouco preparados, sem alargamento cervical e onde a patência não fora alcançada, mas, para aliviar o meu ego naquele momento, foi "o melhor que pude fazer". - Não vai dar problema! Muitos pensam assim e eu também pensava assim naquele momento.
Vamos proservar, só assim saberemos de vai funcionar ou não aquela terapia. Proservar a longo prazo...
Pois bem, até os 4 anos e 7 meses de acompanhamento clínico e radiográfico, parecia estar tudo indo bem. - Viu como deu certo! Muitos já dariam este caso como sucesso, mesmo com um tratamento endodôntico deficiente; afinal de contas já se passaram mais de 4 anos...
Tudo ia bem, até que tive a oportunidade de radiografar novamente após decorridos 9 anos e 5 meses e constatar que desenvolvera-se uma rarefação óssea apical justamente na raiz mesial. Demorou, levou tempo, mas falhou! Tinha tudo pra falhar e falhou. O insucesso bateu à porta.
Bom, o restante da história estão nas imagens que falam por si só (desobturação, obtenção da patência, medicação intracanal, prova dos cones, obturação e novas proservações radiográficas). Parece que as coisas vão indo bem até os primeiros 8 meses após concluído o retratamento, mas vamos esperar pelos próximos anos...