Recente estudo publicado online no JOE (Journal
of Endodontics) em 07/12/2016 com o titulo Long-term
Clinical Outcomes of Endodontically Treated Teeth Restored with or without
Fiber Post–retained Single-unit Restorations , mostra a importância da utilização dos pinos de fibra de vidro em dentes que receberam o tratamento de
canal.
Neste trabalho os procedimentos endodônticos e
restauradores foram executados pelo mesmo profissional e abrangeu um período de
observação médio de 8,8 anos. Os dentes tratados endodonticamente, com ou sem
pinos de fibra de vidro, foram restaurados definitivamente com coroas unitárias
ou com restaurações diretas em resina composta.
Os resultados revelaram que os dentes tratados
endodonticamente que receberam a instalação de pinos de fibra de vidro tiveram
taxa de sobrevivência de 94,3%, enquanto os dentes quem não tiveram os pinos
instalados tiveram taxa de sobrevivência de 76,3%, diferença estatisticamente
superior e significativa. Além disso, o fato de os dentes tratados
endodonticamente com e sem pino de fibra terem recebido uma coroa unitária não melhorou o prognóstico quando comparado com os dentes que
receberam uma restauração direta com resina composta. De um
modo resumido, os dados revelados neste estudo mostram que os dentes restaurados
com pinos de fibra de vidro produziram uma perda de dentes significativamente
menor do que os dentes restaurados sem um pino de fibra, independentemente de
ter recebido ou não uma coroa unitária como reabiliatação final.
Este estudo traz também informações sobre as
fraturas. Em 9,7% de todos os dentes, a fratura radicular vertical foi a razão
para a perda dentária. De todas as fraturas de raiz vertical, 52,4% foram
observadas nas raízes mesiais de molares mandibulares sem o pino.
Nas entrelinhas deste trabalho, os autores deixam
a mensagem de que o endodontista deva realizar a instalação do pino de fibra de
vidro em ato contínuo a finalização do tratamento
endodôntico e no mínimo realizar uma restauração direta em resina composta
para evitar futuras complicações, tais como fraturas e/ou reinfecções do
sistema de canais.
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