quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Pinos de Fibra de Vidro na restauração de dentes tratados endodonticamente.

Recente estudo publicado online no JOE (Journal of Endodontics) em 07/12/2016 com o titulo Long-term Clinical Outcomes of Endodontically Treated Teeth Restored with or without Fiber Post–retained Single-unit Restorations  , mostra a importância da utilização dos pinos de fibra de vidro em dentes que receberam o tratamento de canal.

Neste trabalho os procedimentos endodônticos e restauradores foram executados pelo mesmo profissional e abrangeu um período de observação médio de 8,8 anos. Os dentes tratados endodonticamente, com ou sem pinos de fibra de vidro, foram restaurados definitivamente com coroas unitárias ou com restaurações diretas em resina composta.

Os resultados revelaram que os dentes tratados endodonticamente que receberam a instalação de pinos de fibra de vidro tiveram taxa de sobrevivência de 94,3%, enquanto os dentes quem não tiveram os pinos instalados tiveram taxa de sobrevivência de 76,3%, diferença estatisticamente superior e significativa. Além disso, o fato de os dentes tratados endodonticamente com e sem pino de fibra terem recebido uma coroa unitária não melhorou o prognóstico quando comparado com os dentes que receberam uma restauração direta com resina composta. De um modo resumido, os dados revelados neste estudo mostram que os dentes restaurados com pinos de fibra de vidro produziram uma perda de dentes significativamente menor do que os dentes restaurados sem um pino de fibra, independentemente de ter recebido ou não uma coroa unitária como reabiliatação final.

Este estudo traz também informações sobre as fraturas. Em 9,7% de todos os dentes, a fratura radicular vertical foi a razão para a perda dentária. De todas as fraturas de raiz vertical, 52,4% foram observadas nas raízes mesiais de molares mandibulares sem o pino.


Nas entrelinhas deste trabalho, os autores deixam a mensagem de que o endodontista deva realizar a instalação do pino de fibra de vidro em ato contínuo a finalização do tratamento endodôntico e no mínimo realizar uma restauração direta em resina composta para evitar futuras complicações, tais como fraturas e/ou reinfecções do sistema de canais.

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