quarta-feira, 1 de abril de 2020

Retratamento endodôntico com identificação do canal MV2.

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O sucesso do tratamento endodôntico depende de uma adequada limpeza, formatação e obturação de todo o sistema de canais radiculares. Muitos dentes podem não responder positivamente a um tratamento endodôntico devido a erros de procedimentos em alguma ou todas as etapas do tratamento, bem como podem estar relacionados a complexidade anatômica, a morfologia dos canais.

Os molares superiores são um dos dentes mais tratados endodonticamente no mundo, apresentam alta complexidade anatômica e  uma alta frequência de insucesso relacionada aos canais MV2 que não foram localizados e nem tratados (missed canals). Vários estudos mostram que estes canais “perdidos” têm um impacto significativo no prognóstico do tratamento endodôntico, pois podem servir de abrigo para microorganismos desenvolverem infecções.

Existem várias técnicas e procedimentos para localizar e tratar o canal MV2, mas considero o estudo da anatomia dos canais como item primeiro para se alcançar o êxito no tratamento destes dentes, que apresentam potencial para apresentarem-se com canais extras ou adicionais.
O estudo da morfologia anatômica dos dentes e seus canais, o conhecimento da localização e porcentagem de canais presentes em um determinado dente, é fundamental para que o profissional possa saber o que, onde e como procurar por determinado canal. Conhecedor da anatomia, o profissional pode assim lançar mão das técnicas e tecnologias (microscópio, ultrassom, tomografia, etc..) para realizar o tratamento de maneira eficiente e com probabilidade maior de alcançar o sucesso.

Neste caso clínico que apresento, apesar de servir para ilustrar uma situação em que o canal MV2 não havia sido localizado e nem tratado, é uma amostra também de que houve deficiência ou erros de procedimentos durante a sua realização, pois percebe-se radiograficamente que a qualidade da obturação dos canais MV, DV e P é deficiente: sem densidade, sem adaptação, sub-obturados. Pode-se inferir portanto, que as demais etapas anteriores à obturação do tratamento endodôntico (limpeza e modelagem) também foram negligenciadas.

Para a realização deste retratamento endodôntico, além das radiografias periapicais iniciais de estudo, foi utilizado também o estudo tomográfico (tomografia computadorizada cone-beam - CBCT) e os recursos do Microscópio Operatório e Ultrassom.

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