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Apesar do tratamento endodôntico possuir um alto percentual
de sucesso clínico, ainda assim nos deparamos com algumas raras situações em
que os resultados são indesejáveis, mesmo tendo sido executado por um
profissional experiente utilizando-se de todo aparato tecnológico disponível. É
comum também nos depararmos e ficarmos surpresos com tratamentos endodônticos
executados em um nível abaixo do cientificamente aceitável e ainda assim
apresentarem bons resultados a longo prazo.
O retratamento endodôntico normalmente está indicado quando o
tratamento endodôntico inicial apresenta alguma deficiência ou foi
caracterizado como um insucesso.
Neste caso clínico do dente 25, o paciente estava
assintomático apesar do tratamento endodôntico mostrar-se deficiente
radiograficamente, completamente fora dos padrões aceitáveis de qualidade para
um tratamento endodôntico: um canal não-tratado, o canal tratado apresentando
falhas na obturação, limite apical de
trabalho aquém do ideal e pinos de fibra de vidro instalados sem o devido apoio
intraradicular.
A reintervenção endodôntica foi realizada por uma necessidade
protética, caso contrário poderia-se optar por nada fazer, já que as condições
clínicas e radiográficas eram de normalidade e o paciente estava completamente assintomático.
A remoção dos pinos de fibra de vidro foi realizada com o auxílio do Microscópio Operatório associado as pontas de Ultrassom, permitindo assim o desgaste apenas dos pinos, sem comprometer a estrutura dental. O canal P foi localizado (a sua entrada estava obstruída com o cimento resinoso) e devidamente tratado, enquanto o canal V foi retratado. Estes canais se uniam no terço apical. Em ato contínuo à fase de obturação dos canais, os mesmos tiveram os seus espaços preparados para receberem os retentores intraradiculares.
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