Comentário:
Tenho assistido já a algum tempo várias discussões na nossa Endodontia sobre o que seria melhor: sessão única ou tratamento em mais de uma sessão? E isso não é nenhuma novidade para quem acompanha a ciência endodôntica.
A grande discussão desenvolve-se basicamente em cima do aspecto da DESINFECÇÃO.
Casos em que não há infecção (polpas vivas) pode-se ou deve-se fazer em sessão única. Isto já está bem claro e evidente para a ciência endodôntica e não causa nenhuma estranheza para os profissionais.
Agora, quando trata-se de casos com infecção (polpas necrosadas com lesão apical) existe uma corrente de profissionais que optam pela sessão única (acreditam que a desinfecção possa ser alcançada em uma única sessão de tratamento) e outra corrente de profissionais prefere o emprego da medicação intracanal com a finalidade de favorecer o processo de DESINFECÇÃO.
Essa é a diferença básica de raciocínio quando um ou outro defende a prática da Endodontia em sessão única ou múltiplas sessões: sempre está envolvido o aspecto da DESINFECÇÃO, se é possível ocorrer ou não esta desinfecção e o que será melhor em termos de reparo biológico.
Independente deste aspecto da DESINFECÇÃO, que é por sinal o ponto chave para o sucesso do tratamento endodôntico, é importante também levar a discussão para o lado da prática do atendimento clínico, ou seja, o FAZER.
E FAZER exige habilidade, conhecimento e tempo.
Partindo da premissa de que quem pratica a Endodontia preenche estes requisitos/exigências, poderia-se concluir que todos os casos clínicos poderiam (ou deveriam?) ser concluídos em sessão única, fossem eles casos de polpa viva ou casos com presença de infecção. Mas, a nossa especialidade é marcada por “surpresas”, por “inesperados”, por “imprevistos”.
Seja a surpresa por achar um canal a mais, seja pelo inesperado em encontrar uma anatomia difícil de negociar o canal ou seja pelo imprevisto na dificuldade em anestesiar um molar inferior. Tudo isso exigirá do profissional mais habilidade, mais conhecimento e mais tempo para executar o tratamento endodôntico.
Deste modo, quando deixamos um pouco de lado a discussão que envolve a DESINFECÇÃO dos canais e passamos a focar no aspecto da prática, do FAZER, nos deparamos com situações que podem dificultar ou até impedir que aquele tratamento endodôntico seja concluído em única sessão, mesmo sendo o dente portador de uma polpa viva e por mais que sejamos adepto da sessão única.
Apesar de realizar e acreditar no sucesso da terapia endodôntica em sessão única, acredito também que o mais importante seja o resultado final, não importando o número de sessões empregadas na resolução de determinado caso clínico. No final das contas, o que todo profissional e pacientes querem saber é do resultado: RESOLVEU ou NÃO RESOLVEU O PROBLEMA?
Falar que "faz em sessão única" não é a mesma coisa que "fazer TODOS os casos" em sessão única!
“Fazer tratamento em sessão única não deve ser um objetivo, e sim uma consequência” (Ruy Hizatugu, no 3°Encontro de Endodontia de Vitória – ES, 2009)
Tenho assistido já a algum tempo várias discussões na nossa Endodontia sobre o que seria melhor: sessão única ou tratamento em mais de uma sessão? E isso não é nenhuma novidade para quem acompanha a ciência endodôntica.
A grande discussão desenvolve-se basicamente em cima do aspecto da DESINFECÇÃO.
Casos em que não há infecção (polpas vivas) pode-se ou deve-se fazer em sessão única. Isto já está bem claro e evidente para a ciência endodôntica e não causa nenhuma estranheza para os profissionais.
Agora, quando trata-se de casos com infecção (polpas necrosadas com lesão apical) existe uma corrente de profissionais que optam pela sessão única (acreditam que a desinfecção possa ser alcançada em uma única sessão de tratamento) e outra corrente de profissionais prefere o emprego da medicação intracanal com a finalidade de favorecer o processo de DESINFECÇÃO.
Essa é a diferença básica de raciocínio quando um ou outro defende a prática da Endodontia em sessão única ou múltiplas sessões: sempre está envolvido o aspecto da DESINFECÇÃO, se é possível ocorrer ou não esta desinfecção e o que será melhor em termos de reparo biológico.
Independente deste aspecto da DESINFECÇÃO, que é por sinal o ponto chave para o sucesso do tratamento endodôntico, é importante também levar a discussão para o lado da prática do atendimento clínico, ou seja, o FAZER.
E FAZER exige habilidade, conhecimento e tempo.
Partindo da premissa de que quem pratica a Endodontia preenche estes requisitos/exigências, poderia-se concluir que todos os casos clínicos poderiam (ou deveriam?) ser concluídos em sessão única, fossem eles casos de polpa viva ou casos com presença de infecção. Mas, a nossa especialidade é marcada por “surpresas”, por “inesperados”, por “imprevistos”.
Seja a surpresa por achar um canal a mais, seja pelo inesperado em encontrar uma anatomia difícil de negociar o canal ou seja pelo imprevisto na dificuldade em anestesiar um molar inferior. Tudo isso exigirá do profissional mais habilidade, mais conhecimento e mais tempo para executar o tratamento endodôntico.
Deste modo, quando deixamos um pouco de lado a discussão que envolve a DESINFECÇÃO dos canais e passamos a focar no aspecto da prática, do FAZER, nos deparamos com situações que podem dificultar ou até impedir que aquele tratamento endodôntico seja concluído em única sessão, mesmo sendo o dente portador de uma polpa viva e por mais que sejamos adepto da sessão única.
Apesar de realizar e acreditar no sucesso da terapia endodôntica em sessão única, acredito também que o mais importante seja o resultado final, não importando o número de sessões empregadas na resolução de determinado caso clínico. No final das contas, o que todo profissional e pacientes querem saber é do resultado: RESOLVEU ou NÃO RESOLVEU O PROBLEMA?
Falar que "faz em sessão única" não é a mesma coisa que "fazer TODOS os casos" em sessão única!
“Fazer tratamento em sessão única não deve ser um objetivo, e sim uma consequência” (Ruy Hizatugu, no 3°Encontro de Endodontia de Vitória – ES, 2009)
Belo post , Marcel!
ResponderExcluirConcordo com vc. O importante mesmo é o resultado final, com o problema resolvido.
Parabéns!
Bjsssssssss
Muito bom seu blog. Interessante para nossa profissão.
ResponderExcluirParabens.
Obrigado Kellen e Luis Otávio pelos comentários.
ResponderExcluirOs elogios são estimulantes.
Abraços
Marcel
ResponderExcluirSou Endodontista e pratico com muita frequência a Sessão Única nos meus pacientes, mas ainda não tinha visto uma opinião sobre o tema com tamnha clareza como esta no seu blog. Parabéns! Concordo plenamente, o que importa realmente é o resultado final, se foi feito em uma ou múltiplas sessões, é apenas um detalhe...
Abraço!
Marivaldo Diniz Machado
Marivaldo,
ResponderExcluirAgradeço-lhe pelo comentário postado. Retorne sempre e participe dando sua opinião de endodontista.
Grande abraço.
Marcel, se o Dr Marivaldo falou, eu assino.
ResponderExcluirConcordo com vcs.
Thiago Vianna
Caro colega, costumo dizer que há diferença em sessão única e única sessão. Tem colega que faz incisivo em 2h e meia e diz que fez e sessão unica!!!Acredito em quanto mais rapido se conclui o tratamento, melhor, mas a pressa pode comprometer o prognóstico. Necro eu nunca faço sessão única. Abraço
ResponderExcluirOlá Célia!
ResponderExcluirPoderia explicar um pouco mais sobre a diferença que vc faz entre "sessão única" e "única sesssão"?
Concordo plenamente com vc que a pressa em concluir um tratamento possa comprometer o prognóstico. Costumo falar aos meus pacientes que priorizo a qualidade, mas se der tempo eu termino rápido.
Grande abraço e volte sempre, participando com a leitura e comentários.
Olá Marcel, estarei iniciando essa arte da endodontia em breve, na faculdade odiava mas essa "tal" de sessão única me fez abrir os olhos e agora estou prestes a começar minha especialização. Achei interessante esse blog pois tenho a nossão de que imprevistos ocorrerão. Gostaria de saber se recomenda alguma marca de contra ângulo oscilatório e a que a que velocidade?
ResponderExcluirOlá Marcell (quase xará!),
ResponderExcluirNão tenho experiência em trabalhar com contra-ângulos oscilatórios.
Abraços,
Muito legal seu blog!
ResponderExcluirObrigado Guilherme! O blog passou por um período quase que inativo, mas estamos de volta.
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