segunda-feira, 27 de abril de 2009

O Tratamento Endodôntico ajudando a Periodontia






Legenda:
1- Radiografia periapical inicial 26 (15/09/2006)
2- Radiografia periapical final 26 (14/10/2006)
3- Radiografia periapical proservação 6 meses e 20 dias (04/05/2007)
4- Radiografia periapical proservação 1 ano e 1 mês (26/11/2007)
5- Radiografia periapical proservação 2 anos e 1 mês (20/11/2008)

Comentário:
O elemento dental 26 apresentava-se clinicamente assintomático, com presença de bolsa periodontal , cuja sondagem atingia o comprimento de 10mm na face disto-palatina. Radiograficamente é possível observar extensa rarefação óssea apical e lateral na raiz palatina.
Após passar por avaliação periodontal, ficou estabelecido no plano de tratamento de que seria realizado o tratamento endodôntico e logo após seria submetido a um procedimento periodontal de rizectomia (ou amputação radicular) da raiz palatina.
Interessante se faz observar na radiografia periapical inicial que não há lesão de cárie e que a restauração (de amálgama) é relativamente de pequenas dimensões e está situada a uma boa distância da câmara pulpar, o que faz supor que a doença periodontal provavelmente tenha levado ao comprometimento pulpar deste dente.
Chamo atenção para um detalhe na radiografia periapical final (que representa o pós-obturação dos canais) onde é possível observar que, no canal palatino, ocorreu o dobramento do cone de guta-percha no terço apical, o que demonstra que houve uma seleção/adaptação incorreta do cone neste conduto radicular. Provavelmente, durante a etapa da prova do cone, ocorrera o travamento do cone nos terços médio ou coronário do canal, onde o ideal é que o travamento do cone ocorra no terço apical, de maneira a proporcionar adequado selamento apical. Um erro primário que coloca em dúvida a qualidade de qualquer tratamento endodôntico, mas por sorte esta raiz seria removida cirurgicamente; caso contrário teria que ser reobturada. Ufa, que sorte né?
A primeira proservação do caso demonstra, radiograficamente, que os tecidos periapicais e a lâmina dura estão com características de normalidade; da mesma maneira estava na segunda e terceira proservações realizadas 1 ano e 2 anos depois de finalizado o tratamento endodôntico. Clinicamente, não havia mais bolsa periodontal, desde a primeira proservação.
Este caso demonstra a importância da interação entre a Endodontia e a Periodontia, onde através da definição dos diagnósticos pulpar e periodontal foi possível alcançar o sucesso do tratamento.

6 comentários:

  1. Legal teu blog marcel. Estarei sempre acompanhando. Abraço.

    ResponderExcluir
  2. Valeu Frank, passe sempre por aqui pra ver um pouquinho da Endodontia.
    Um grande abraço!

    ResponderExcluir
  3. Muito interessante seu bLog. Está de Parabéns. Estou cursando OdontoLogia, estou no ultimo periodo, meu tema do meu TCC é "Lesão Endo Pério", estou com muita dificuLdade de achar matérias, imagens, Literaturas sobre esse tema. Se tiver como me dar um auxiLio de onde encontrar imagens, Literaturas eu serei muito grato. meu email e msn é -- leosev@hotmail.com --
    desde já Obrigado.

    ResponderExcluir
  4. leosrgl,

    Faça uma pesquisa aqui http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/ ou nos sites destes periódicos http://www.jendodon.com/ ou http://onlinelibrary.wiley.com/journal/10.1111/(ISSN)1365-2591 ou na Bireme http://regional.bvsalud.org/php/index.php
    Abraços e bom trabalho,

    ResponderExcluir
  5. Vc fez a remoção da raíz pela palatal, não é mesmo? Utilizou algum Biomaterial para preenchimento da loja? Houve necessidade de alguma obturação retrógrada com algum MTA da vida, ou só o brunimento do cone remanescente no interior do conduto?
    Abraço. Gino

    ResponderExcluir
  6. Gino, o procedimento cirúrgico foi realizado por um periodontista. Foi feito apenas a remoção da raiz da raiz palatina. Abçs

    ResponderExcluir