sábado, 31 de outubro de 2009

Retratamento Endodôntico: proservação de 2 anos e 5 meses






Legenda:
0- Radiografia periapical inicial (36) (enviada pelo indicador)
1- Radiografia periapical (36) (avaliação da remoção do amálgama)
2- Radiografia periapical final (36)
3- Radiografia periapical proservação (36) (2 anos e 5 meses)
4- Radiografia ortopantomográfica

Comentário:
Ao avaliar a radiografia periapical inicial deste caso clínico (0) , imaginei tratar-se de um caso típico de retratamento: remoção da coroa total metálica, remoção do núcleo/pino metálicos, desobturação dos canais, limpeza/modelagem dos canais, etc.... Ao exame clínico, havia uma fístula na face lingual com presença de drenagem de secreção ativa.
Logo após a remoção da coroa total metálica, que foi realizada sem maiores dificuldades, percebi que havia me enganado quanto a avaliação inicial. Para minha surpresa, deparei-me com um núcleo de amálgama ocupando o espaço da câmara pulpar e por conseguinte já podia começar a acreditar de que haveria amálgama também dentro dos canais radiculares. Subestimei esta possibilidade, pois na grande maioria dos casos encontro pinos metálicos fundidos que foram cimentados no interior dos canais, o que torna a remoção destes pinos em sua totalidade mais previsível com a utilização do ultrassom.
Já com estes “pinos de amálgama” a remoção torna-se imprevisível no aspecto de que isto deve ser feito através do desgaste do material que se encontra dentro do canal, o que implica em riscos: 1- desgastar as paredes dos canais e 2- fragmentos de amálgama provocarem obstruções nos canais.
Iniciada a remoção cuidadosa deste amálgama, que por sinal estava bem condensado, necessário se faz o constante acompanhamento deste desgaste através de radiografias periapicais. Na radiografia periapical de avaliação (1) é possível observar que a maior parte do amálgama já havia sido removido sem provocar desgastes excessivos nas paredes dos canais, mas indicava que estava chegando num momento crítico e que exigiria ainda mais cautela.
Como a obturação endodôntica dos canais mostrava-se estarem incompletas, defeituosas, sem densidade e com presença de espaços vazios, isto significava que a possibilidade da ocorrência de um fragmento de amálgama cair nestes espaços vazios era enorme. Seria um problema a mais para resolver.
Mesmo utilizando bastante irrigação e aspirando constantemente todo o material que era desgastado, ainda assim ocorreu que um fragmento do amálgama caiu dentro do canal MV. Na radiografia periapical final (2) é possível visualizar este fragmento que permaneceu no final do terço médio deste canal. Os demais canais, D e ML foram adequadamente limpos, desinfeccionados e obturados nos limites apicais ideais de trabalho. Desta forma, restava apenas contar com a eficiência do tratamento nos canais D e ML e , porquê não, contar com a sorte no canal MV.
O paciente sumiu, o tempo passou (2 anos e 5 meses) e o paciente apareceu para fazer a proservação do caso, pois estava querendo realizar tratamento ortodôntico. Ao exame clínico não havia nenhuma alteração nas estruturas de suporte, não havia fístula, o dente estava assintomático e restaurado provisoriamente com uma coroa total em acrílico. Radiograficamente (3) é possível verificar que há um núcleo metálico que fora cimentado e que ocorreu reparação óssea mais evidente na região apical das raízes mesial e distal. Forte indício de que o processo de reparação está em andamento e que o retratamento endodôntico funcionou (pelo menos até esta data!).
Ah, quanto ao tratamento ortodôntico, é melhor esperar mais um pouco...

3 comentários:

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